O dia em que o Benfica disse ‘não’ a Cristiano Ronaldo


Cristiano Ronaldo é, sem dúvida, um dos maiores nomes da história do futebol mundial. Com cinco Bolas de Ouro, inúmeros troféus e recordes, o craque português construiu uma carreira brilhante que começou nos relvados da Madeira. Mas poucos sabem que, antes de assinar pelo Sporting, o jovem Ronaldo esteve próximo de envergar a camisola do Benfica.

Num momento que muitos adeptos encarnados consideram um dos maiores “e se” do futebol português, o clube da Luz disse “não” ao futuro astro mundial.

A juventude promissora de Ronaldo

A história remonta ao final da década de 1990. Cristiano Ronaldo, um jovem de 12 anos com um talento precoce, já chamava a atenção de olheiros por toda a Madeira. Representando o Nacional da Madeira, o pequeno Ronaldo destacava-se pela velocidade, técnica apurada e fome de vencer, mesmo nos escalões de formação.

Na altura, o Benfica era uma das primeiras opções para muitos jovens talentos, mas o clube hesitou em apostar no jovem madeirense. Segundo relatos, o problema principal era de natureza financeira.

Ronaldo precisava de apoio para se mudar para o continente, mas o Benfica considerou o investimento elevado demais para um jovem tão novo e inexperiente.

O Sporting entra em cena

Enquanto o Benfica ponderava, o Sporting não perdeu tempo. O clube de Alvalade viu em Ronaldo uma oportunidade rara e decidiu apostar nele. Em 1997, o Sporting garantiu a transferência de Cristiano Ronaldo, oferecendo-lhe um lugar na sua academia, uma das melhores da Europa.

Foi no Sporting que Ronaldo lapidou o seu talento, até fazer a sua estreia pela equipa principal aos 17 anos, mostrando ao mundo o jogador em que se tornaria.

As consequências da rejeição

A decisão do Benfica de não avançar por Cristiano Ronaldo tornou-se um dos episódios mais comentados da história recente do futebol português. Muitos adeptos questionam como seria a carreira do jogador se tivesse ingressado no clube da Luz.

Teria o Benfica conseguido moldar Ronaldo da mesma forma que o Sporting? Ou teria Ronaldo seguido um caminho completamente diferente?

Por outro lado, esta história é também um exemplo de como as decisões nos bastidores podem moldar o futuro de clubes e jogadores. Para o Benfica, foi uma oportunidade perdida.

Para o Sporting, foi uma aposta certeira que rendeu frutos, com Ronaldo a ser vendido ao Manchester United em 2003 por 19 milhões de euros – um recorde para um jogador tão jovem na altura.

O que diz Cristiano Ronaldo?

Em entrevistas, Ronaldo já comentou este episódio com naturalidade, reconhecendo que o destino o levou ao Sporting e que foi lá que conseguiu desenvolver o seu potencial.

Para o craque, o mais importante foi ter tido a oportunidade de mostrar o seu talento, independentemente do clube que o acolheu.

Uma lição para o futuro

Este episódio serve de lição para todos os clubes: às vezes, as apostas em jovens talentos podem parecer arriscadas, mas o retorno pode ser incalculável. Ronaldo não foi o primeiro nem será o último caso em que um jovem promissor é rejeitado, apenas para brilhar em outro lugar.

Conclusão

O dia em que o Benfica disse “não” a Cristiano Ronaldo é um marco curioso na história do futebol português. Apesar de não ter feito parte da formação do clube da Luz, Ronaldo acabou por marcar a história do futebol nacional e mundial de forma inesquecível.

Para os benfiquistas, fica a dúvida: o que teria acontecido se o craque tivesse começado a sua caminhada no Estádio da Luz?